domingo, 18 de setembro de 2011

"Era uma vez uma menina que tinha a esperança de que o mundo pudesse se tornar um lugar melhor. Borboletas coloridas e pássaros tinham presenças marcadas em seus sonhos. Ela acreditava em amores recíprocos e, talvez, em príncipes encantados. Tinha as mais belas verdades guardadas dentro de uma caixinha que apelidara de “coração”. Caixinha essa que, pertencia não somente a pobre menina, mas também a um jovem rapaz. Tal rapaz roubara a chave dessa caixinha e a pobre menina nem tivera tempo para se defender. Além da chave, o rapaz roubara também sua felicidade. Assim sendo, os sorrisos da menina não dependiam apenas da mesma. Como todo “era uma vez” tem um fim, o dela não fora diferente. Depois do roubo, do choro, das promessas quebradas, das palavras guardadas e dos olhinhos inchados, a menina tivera a certeza de que sua pequena caixinha estava quebrada. No momento, a dor parecera ser eterna. Mas ela ouvira as pessoas comentarem coisas do tipo: “Tudo passa, pequena”. O tempo passara. A menina mandara sua caixinha para o conserto. Depois de remendada, ela parecia quase perfeita. Caixinha remendada, menina sofrida. Combinações que podem mudar um futuro promissor. A menina que um dia fora alegre, esperançosa e risonha, de repente se tornara uma menina fria, medrosa e cheia de sorrisos forçados. Realmente, uma caixinha quebrada pode mudar muita coisa"
(Era uma vez)

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