sábado, 17 de setembro de 2011

E você pode achar tudo isso uma grande maluquice, mas eu costumo chamar de “amor”. Eu costumo fechar os olhos para te trazer aqui pra perto de mim e fingir que você gosta de ser meu. Eu costumo acreditar que um dia nós entraremos num acordo e decidiremos morar juntos. Eu quero acordar de madrugada e te encher de beijos. Quero te esperar com o jantar na mesa, por mais que eu não saiba cozinhar. Quero te perturbar no meio do seu banho, te encher de espuma, me deliciar no seu corpo. Eu quero que você segure a minha mão ao perceber o meu olhar de medo. Quero que você tenha paciência para ensinar o nosso filho a jogar futebol. Eu quero que você chegue em casa cansado, e mesmo assim, me chame para comer uma pizza na esquina. Eu quero que você saiba o nome do padeiro que mora perto da minha casa, e também todos os nomes que tenho em mente para a nossa segunda filha. Ah, eu quero que você saiba escolher vestidos bonitos, para presentear a nossa pequena. Eu quero que você me leve às festas, me apresente aos seus amigos, me olhe com preocupação ao sentir ciúmes. Quero que você me faça cócegas até eu perder o ar, depois me sirva um copo d’água, para no final, me tirar o ar, novamente, com seu beijo. Eu quero que você sente no sofá e converse com o pai sobre os acontecimentos do mundo, enquanto eu me arrumo pra você. Eu quero te ligar de manhã, dizendo que vou faltar do nosso compromisso porque não estou me sentindo bem e ouvir você dizendo “tô correndo pra sua casa”. Quero que você me veja vestindo um moletom maior que eu, usando o cabelo preso, no alto, por uma pulseira e diga que continuo sendo a sua escolhida. A sua escolhida para passar o resto da vida ao seu lado. Eu quero que você ria das minhas piadas idiotas, aceite fazer guerras de travesseiro e me ensine a jogar baralho. Eu quero que você dê aquele sorriso torto e lindo quando eu estiver brava, só por saber que esse gesto me faz sorrir por consequência. Quero que você acampe comigo, me proteja das baratas e ria da minha aflição por mosquitos. Eu quero que você bagunce minha franja só para me ver irritada. Quero que você ouça a nossa música pelo menos uma vez por semana, e que no final de cada dia, me mande uma mensagem falando um pedacinho da mesma. Eu quero que você conheça novos filmes e já corra ao meu encontro para compartilhar as histórias. Eu quero te ver entregue em minhas mãos, dizendo o quão feliz é por estar ao meu lado. Eu quero que você queira tudo isso em dobro. E o melhor: quero que você pegue a caneta da minha mão quando eu estiver sem ideias e diga: “Deixa comigo, da nossa história eu também sei cuidar”.  (HoraDeSonhar)

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