Ao se deparar com aquela
imensidão de águas cristalinas no silêncio de um lindo fim de tarde concluía
que finalmente tinha realizado seus sonhos. A cada passo que dava pela areia
conseguia fazer com que seus pensamentos se perdessem no meio da imensidão.
Poucos tempo se passara, mas nada jamais seria igual. Tudo que parecera um dia
não fazer sentido começava a ganhar explicação. Sentou-se na areia e enquanto
observava o alaranjado por-do-sol baixou sua cabeça e começou a agradecer aos
prantos a Deus, tamanha felicidade que por outros tempos nunca sentida. E como
gostava do mar e de sua infinitude. Assustou-se de repente, quando além de
sentir o sopro do vento seu rosto sentiu mãos acariciando-o. Ele sorriu ao ver
a inquietação que sua surpresa provocava nela. Então não disse nada e apenas a
beijou, tão lentamente como se tivesse em seus braços a mais linda
porcelana.Ninguém sabia mais do que ele o quanto aquilo era importante pra ela
e ele sempre soube desvendar seus mistérios. Não houve nenhum som emitido por
muito tempo, além do dengo dela ao aninhar sua cabeça no peito dele. Ele
repetiu da maneira mais doce do mundo que era o homem mais feliz do mundo por
tê-la. Enquanto pela mente dela não havia outra vontade do que gritar pra os
quatro cantos que era enfim feliz e completa. Afinal, enfim entendera o que
sempre diziam com: calma menina, um dia você vai conhecer um homem capaz de te
fazer tirar os pés do chão e toda a sua vida terá um novo brilho. E como num
dia bem estrelado, tudo brilhava.
/E.

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