sábado, 17 de agosto de 2013

Ela era tão mulher e ao mesmo tempo tão menina, que até mesmo pra ela, era difícil discernir quem era de verdade, ou até mesmo qual de suas faces deixar aflorar. Mas na realidade, não dedicava muita importância a isso. Guardava o universo inteiro em seu simples coração e, isso sim, tinha imensa relevância. Vivia de sonhos e intensidades, talvez por isso as cores do seu mundo fossem tão vibrantes. E suas viagens internas eram constantes e intensas, mas ao mesmo tão reais, tão recheadas de sentimentalismos. Com o tempo, deixara de sonhar com aquele que viria em um lindo cavalo branco, mas não conseguia deixar de sonhar com alguém que, de tão encantado, fizesse com que ela conseguisse flutuar. Alguém a quem pudesse enfim, entregar-se por completo, sem medos e nem tampouco ressalvas. Alguém que sobretudo, pudesse se iluminar ao vê-la sorrir. Que se admirasse ao conhecer cada pedacinho do seu jeito, não restando então, espaços pra cobranças e questionamentos. Alguém que enfim, pudesse amá-la e construir uma história que de tão linda só coubesse espaço a pontos em outras vidas, quando então se reencontrariam e se amariam ainda mais. Mas, como era romântica e gostava de fantasiar a vida... Mas, em seu coração, já tão doído, não havia dúvidas. Certo ou não, essas intensidades era o que compunham seu jeito tão singular. E quando Deus enfim preparasse, encontraria em um futuro lindo, um alguém que de tão louco se encantará com cores tão intensas, outrora nunca avistadas.

/E.

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